Como disse minha amiga: tem dia que parece noite.
13 é o meu número.
Agosto é o meu mês.
Mas vamos combinar: eu não fazia idéia de que ia ser tããããão difícil.
Primeiro que não teria abraço logo cedo.
Nem rosas vermelhas.
Mas eu sempre gostei do meu aniversário independente de fatores externos (já passei muito 13 negro e consegui 100pre ver um pontinho pink-fúcsia-neon no meio do breu!).
Mas este 13 de 2008 vai ficar na história.
(2008 = 10 = 1 = recomeço. Então.)
Ganhei um bolo d-e-l-i-c-i-o-s-o!
Compartilhei o primeiro pedaço com alguém muito querido (vou guardar o abraço apertado com muito carinho, viu par?!)
E o dia terminou em paz apesar do aperto que eu trazia no coração.
Faltava ele - o grande amor, que deixou o dia 13 marcado no calendário com um pontinho vermelho (ele marcava tudo em azul, só o pontinho foi de vermelho!)
Entre o 13 e o 14 uma noite curta de sono.
Pensamentos atropelados, uma certa angústia que foi dominada com meditação.
Ai o 14 veio.
O primeiro telefonema do dia trazia a morte do pai de uma amiga.
Fitei os olhos de criatura e abstrai.
Eu em carne viva.
Ferida exposta e sal grosso em cima.
Tinha que ir ao velório.
E fui.
Surreal.
Reviver os momentos em que estive naquele lugar
me fez perguntar a mim mesma de que eu sou feita,
que líquido corre em minhas veias?
Não sei. E tenho medo de saber.
Quando entrei no saguão onde estão as salas
comecei a chorar
( uma parte chorava e a outra observava a cena!)
fui até onde estava minha amiga.
Abraçadas, choramos juntas.
Choramos muito, muito mesmo.
(todas as pessoas que estavam na sala me olharam.
TODAS. A minha parte que chorava, continuou chorando
e a que observava continuou observando).
Passado o impacto inicial, a que observava
começou a tomar a frente, se impor.
E aí tudo começou a voltar ao normal
e eu me dei conta do que ia no pensamento
das pessoas.
Algo do tipo:
- quem é essa que chegou chorando tanto?
- por que ela chora tanto?
Claro que quem me conhecia entendeu o pranto
(não foi descontrolado, mas foi intenso)
Qual é o nome do processo?
Catarse.
***
Hoje o dia foi cheio.
Coisas boas e uma ruim, muito ruim.
Ruindade de gente que perdeu a chance
e quer dar os créditos da perda de presente.
Recusei o presente, lógico!
Viu pra que servem os anos de auto-ajuda?
Pra ajudar a passar ao largo.
Mas eu não vim aqui só pra falar
(me lembra de encerrar com a frase sobre 'falar')
- vim devolver meu coração.
Um coração doído,
mas cheinho de amor
de carinho
de compaixão
de generosidade
de força
de coragem (me lembra de definir coragem)
de alegria
de prazer.
De vida.
Obrigada por tudo que me é dado aqui!
***
Hoje no almoço (falando de natação)
(eu): ah, eu não consegui chegar nos 2000 metros
(ele): é que você fala muito.
Como é que alguém que fala tanto
conseguiu aprender a nadar?
Milagre!
Só pode!
***
Coragem:
" é seguir em frente apesar do medo "
" O sim do nosso coração é maior
do que o não do mundo"
Não conheço o cara:
Cesar Romãomas como estamos no momento 'auto-ajuda', voilá!
***
Boa noite.
Bom dia
Bom final de semana!
Traudzindo pro mineirês:
o tripálio tá agarrando!
