29 junho, 2005

TÁ NA CARA!

Gosto muito de olhar as pessoas. Na rua, no supermercado, nas filas. Observar os gestos, as expressões, os traços da fisionomia.
Últimamente tenho observado casais. Não tenho base "científica" nenhuma para as minhas observações, que considero empíricas - li Paracelso aos 14 anos e guardo o livro com um certo carinho! Sigmund deve ter uma explicação, com certeza!
Voltando ao olhar casais. Observo os gestos, a maneira de vestir, a fisionomia, o linguajar - tudo se mistura, parece que um assimila o outro e em casais mais velhos a semelhança se torna mais nítida. Deve ser a dita convivência!
Em cada rosto há um detalhe revelador- um olhar, um queixo travado, um semi-sorriso nos lábios, ou então lábios fechados firmemente (aqui eu sempre acho que é um traço de teimosia desmedida!).
Sim, há estudos psicológicos, até li alguns, sobre os traços da fisionomia e personalidade.
Acredito que a expressão "tá na cara" seja mais que verdadeira!
O olhar pode ser muito revelador! Jânio Quadros, Salvador Dali e Fernando Collor - aquele olhar arregalado, onde o branco do olho se sobressai pode ser de um louco ou gênio, depende do cérebro que o acompanha!
E hoje encontrei na coluna do Sérgio Rodrigues, uma referência ao psicopatologista Cesare Lombroso.
Lombrosiano
15.06.2005
A observação isenta dos traços fisionômicos dos deputados reunidos ontem para ouvir Roberto Jefferson no Conselho de Ética da Câmara faz pensar se a humanidade não se precipitou ao aposentar como fantasiosas as teorias do psicopatologista italiano Cesare Lombroso (1835-1909): e se o nosso Congresso for mesmo lombrosiano? Lombroso fez sucesso em seu tempo com a tese de que o crime estava na cara, ou seja, de que era possível determinar se uma pessoa tinha propensão a infringir a lei a partir do estudo de suas características físicas. O componente estético ficava mal disfarçado: como numa espécie de “Retrato de Dorian Grey” de trás para a frente, com a corrupção física precedendo a moral, Lombroso dizia que deformações e assimetrias – e, imagino eu, também esgares, asperezas, calombos, carrancas e outras marcas de feiúra – valiam por um prontuário policial. Fica a dica para a CPI.

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