Taia ! (minha réplica vale o post de hoje!)
Eu tinha 3 anos quando JK inaugurou Brasília.
Aos 7 anos lembro do meu pai colocando na lapela do terno uma vassourinha dourada – símbolo do governo Jânio Quadros, que dizia que iria varrer toda a sujeira e corrupção do governo!
Muitos anos depois eu olhava Jânio e pensava: o cara é louco, tem olhos de louco! E vi os mesmos olhos em Fernando Collor.
Lembro perfeitamente do Castelo Branco, atarracado, cabelos negros... e de uma campanha “Ouro para o progresso”, onde as pessoas comuns, vizinhos, tiraram suas alianças do dedo (única jóia que possuíam!) e entregaram ao governo (minha mãe usou as alianças para aumentar um anel de chapinha que eu tenho há exatos 48 anos!Fez melhor proveito do que ajudar a campanha do governo, certo?!)
Lembro do General Costa e Silva e do Médice (que era a cara do seu Zé, um motorista de ônibus muito simpático!). Do governo Médice a lembrança que tenho é da musiquinha “este é um país que vai pra frente” – onde se cantava andando pra trás (!) e do Geisel, a célebre frase: Brasil. Ame-o ou deixe-o. Muitos deixaram!
Mas foi a partir do governo do General Figueiredo que minha memória realmente tem mais consistência. Pra você ter uma idéia, convivíamos com uma inflação mensal que beirava sempre os 15%, 16% - a poupança rendia horrores (!) e o povo reclamava, reclamava...
A repressão ainda se fazia forte, mas foi no governo Figueiredo que o filme “Z” do grego Costa-Gravas, depois de anos proibido pela censura federal, finalmente foi exibido. Um filme que nos dizia muita coisa, pois tratava da repressão. Até hoje só me lembro de 2 filmes em que a platéia aplaude ao final: Um estranho no ninho e Z.
General Figueiredo passou-me a imagem de um homem turrão, que batia o punho na mesa sempre que era contrariado e falava o que queria. Tinha carisma e promoveu a abertura política, anistiou muitos presos políticos, se bem que houve o episódio do Riocentro. E tinha uma primeira dama festeira!
Figueiredo não entregou a faixa presidencial ao Sarney – e eu, particularmente gostei do gesto.
Ao deixar o governo uma frase de efeito: vocês sentirão saudades de mim!
Daí até agora presenciamos uma insanidade atrás da outra e alguns momentos de lucidez.
Diretas Já marcou a geração dos cara-pintadas – teve força e a eleição para presidente aconteceu.
Temos aquele espinho atravessado na garganta: como teria sido se Trancredo tivesse assumido? Como teria sido se Ulysses não tivesse morrido? Como seria o Brasil hoje? Não creio que houvesse muita diferença, se bem que Tancredo era mineiro – um ponto a favor (rs!), matreiro... um político. E foi durante a sua agonia, olhando as fotos dele no hospital ao lado de dona Risoleta que percebi que, mais uma vez, o jogo da manipulação estava em andamento quando anunciaram sua morte dia 21 de abril. Tudo combinando.
De Sarney guardo a lembrança dos “fiscais” – um momento insano onde o povo pensou que podia!
De Itamar, apenas o topete e Lílian Ramos!
Collor. Durante a campanha aquele homem bonito, garboso, fascinou a platéia – enquanto aquele metalúrgico do abc fazia o papel de sapo. Elle ganhou e pra comemorar seqüestrou o dinheiro do povo. Muita gente morreu, literalmente, de susto! A tv mostrava Zélia explicando o golpe!
Depois houve a Casa da Dinda, bolero pra cá, PC Farias... morto, Badan Palhares dando um laudo contraditório e finalmente o impeachment! Palavrinha estranha para nós, acostumados aos mandos e desmandos... e elle se foi!
E veio um presidente que desbancou o sapo mais uma vez. FHC e dona Ruth é o contrapondo perfeito para lula e Marisa. Elegante, poliglota, culto... e como todo presidente que tivemos, teve seu lado bom e o lado ruim. Nada é perfeito. Mas não me lembro de me sentir envergonhada ao vê-lo em visitas pelo mundo como chefe de estado, muito pelo contrário.
E o da barba chegou ao poder... Acredito que a esperança do povo de que um “igual” chegasse lá era real, num primeiro momento. Mas muitos brasileiros perceberam que vestir um Versace pode até fazer diferença, mas como dizia minha avó, falta berço!
Eu tinha 3 anos quando JK inaugurou Brasília.
Aos 7 anos lembro do meu pai colocando na lapela do terno uma vassourinha dourada – símbolo do governo Jânio Quadros, que dizia que iria varrer toda a sujeira e corrupção do governo!
Muitos anos depois eu olhava Jânio e pensava: o cara é louco, tem olhos de louco! E vi os mesmos olhos em Fernando Collor.
Lembro perfeitamente do Castelo Branco, atarracado, cabelos negros... e de uma campanha “Ouro para o progresso”, onde as pessoas comuns, vizinhos, tiraram suas alianças do dedo (única jóia que possuíam!) e entregaram ao governo (minha mãe usou as alianças para aumentar um anel de chapinha que eu tenho há exatos 48 anos!Fez melhor proveito do que ajudar a campanha do governo, certo?!)
Lembro do General Costa e Silva e do Médice (que era a cara do seu Zé, um motorista de ônibus muito simpático!). Do governo Médice a lembrança que tenho é da musiquinha “este é um país que vai pra frente” – onde se cantava andando pra trás (!) e do Geisel, a célebre frase: Brasil. Ame-o ou deixe-o. Muitos deixaram!
Mas foi a partir do governo do General Figueiredo que minha memória realmente tem mais consistência. Pra você ter uma idéia, convivíamos com uma inflação mensal que beirava sempre os 15%, 16% - a poupança rendia horrores (!) e o povo reclamava, reclamava...
A repressão ainda se fazia forte, mas foi no governo Figueiredo que o filme “Z” do grego Costa-Gravas, depois de anos proibido pela censura federal, finalmente foi exibido. Um filme que nos dizia muita coisa, pois tratava da repressão. Até hoje só me lembro de 2 filmes em que a platéia aplaude ao final: Um estranho no ninho e Z.
General Figueiredo passou-me a imagem de um homem turrão, que batia o punho na mesa sempre que era contrariado e falava o que queria. Tinha carisma e promoveu a abertura política, anistiou muitos presos políticos, se bem que houve o episódio do Riocentro. E tinha uma primeira dama festeira!
Figueiredo não entregou a faixa presidencial ao Sarney – e eu, particularmente gostei do gesto.
Ao deixar o governo uma frase de efeito: vocês sentirão saudades de mim!
Daí até agora presenciamos uma insanidade atrás da outra e alguns momentos de lucidez.
Diretas Já marcou a geração dos cara-pintadas – teve força e a eleição para presidente aconteceu.
Temos aquele espinho atravessado na garganta: como teria sido se Trancredo tivesse assumido? Como teria sido se Ulysses não tivesse morrido? Como seria o Brasil hoje? Não creio que houvesse muita diferença, se bem que Tancredo era mineiro – um ponto a favor (rs!), matreiro... um político. E foi durante a sua agonia, olhando as fotos dele no hospital ao lado de dona Risoleta que percebi que, mais uma vez, o jogo da manipulação estava em andamento quando anunciaram sua morte dia 21 de abril. Tudo combinando.
De Sarney guardo a lembrança dos “fiscais” – um momento insano onde o povo pensou que podia!
De Itamar, apenas o topete e Lílian Ramos!
Collor. Durante a campanha aquele homem bonito, garboso, fascinou a platéia – enquanto aquele metalúrgico do abc fazia o papel de sapo. Elle ganhou e pra comemorar seqüestrou o dinheiro do povo. Muita gente morreu, literalmente, de susto! A tv mostrava Zélia explicando o golpe!
Depois houve a Casa da Dinda, bolero pra cá, PC Farias... morto, Badan Palhares dando um laudo contraditório e finalmente o impeachment! Palavrinha estranha para nós, acostumados aos mandos e desmandos... e elle se foi!
E veio um presidente que desbancou o sapo mais uma vez. FHC e dona Ruth é o contrapondo perfeito para lula e Marisa. Elegante, poliglota, culto... e como todo presidente que tivemos, teve seu lado bom e o lado ruim. Nada é perfeito. Mas não me lembro de me sentir envergonhada ao vê-lo em visitas pelo mundo como chefe de estado, muito pelo contrário.
E o da barba chegou ao poder... Acredito que a esperança do povo de que um “igual” chegasse lá era real, num primeiro momento. Mas muitos brasileiros perceberam que vestir um Versace pode até fazer diferença, mas como dizia minha avó, falta berço!
Laura
preferi escrever minha indignação aqui, pois acredito que a dita senhora nem se dê ao trabalho de abrir seus e-mails e se o fizer será com grande cinismo que deletará as mensagens, sem ler, enquanto pensa: “povinho besta”!
Jacque
esse é o meu medo! quando a gente pensa que já viu “de um tudo” vem um e pá! mostra uma novidade estarrecedora!
Leleco
e eu falei sapo...!
A esperança é a última que morre. Fica agonizando, agonizando...!
Minhas esperanças estão depositadas em Geraldo Alckmin e Heloisa Helena. Fico de boca aberta, queixo caído, vendo o garotinho falar que vai baixar os juros (como se isso fosse um botãozinho de volume!), dar emprego (isso eu não duvido!), na maior cara dura! E não precisa se desculpar pelo tamanho do comentário – se não couber no haloscan, a gente faz um post!
Mércia, querida Sóciamiga!
Você está aí, respirando o mesmo ar que “eles” , imagino que até sentindo o cheiro que vem do lamaçal, do pântano que virou Brasília!
Sim, acredito que o fato de termos sidos “catequisados” reflete nesta atitude de sangue de barata que temos! Um País lindo como o nosso, que nos faz pensar em nos refestelar à sombra de algum coqueiro, precisava que a indignação circulassem em nossas veias com mais intensidade.
E se formos pensar nos momentos de luta que já tivemos, encontraremos um estrangeiro a incitar o povo às armas, como ocorreu na Inconfidência Mineira. O povo brasileiro não é afeito a sangue – se bem que os traficantes provem o contrário!
Que venha 03 de outubro!
***
Bom dia aos passantes!
O post ficou longo: exatas 1000 palavras!
Paciência!
De vez em quando eu abro a boca!
***
apidêite
Palocci saiu - agora é com Mantega...
Vou me abster de fazer a piadinha infame!
Não vou com a cara desse Guido Mantega...
ele parece um bagre ensaboado!
De imediato nada muda, mesmo porque nem equipe ele tem,
mas a médio prazo podemos esperar ... o pior!
***
Aquela senhora que inspirou estes posts longos,
disse que foi uma "manifestação expontânea"!
Espero em Deus que o povo se manifeste expontâneamente em 03/10!
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O ministro da justiça garante que o Palocci será investigado.
Até aqui nada de novo!
Investigação é o que não falta neste país -
mas como acabará é o que importa!
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