28 setembro, 2005

DIÁLOGOS NON-SENSE

Eu, ontem à noite, colocando a louça na máquina enquanto Mauro terminava a sobremesa. Olhando o reflexo dele na janela comecei:
- Sabe quem vem ao Brasil?! O Tony Bennett.
- Hum.
- Você gosta dele...!
- É...
-... humf!
- E aquele outro cantor?
- Qual cantor?
- Aquele que veio e queria casar com o bombeiro.
- Casar com o bombeiro? Elton John? George Michael? Ah, não sei...
- Não! Aquele que canta aquela música (e cantarola).
- Ah, tá ruim de eu entender!
- Ah, quando lembrar eu falo.
Terminei a louça etc. e tal e ele:
- Ah, lembrei! Johnny Mathis.
- Credo e de onde você tirou que ele queria casar com o bombeiro?
- Ah, saiu na revista O Cruzeiro!
- Tem certeza?
- Eu li!
Pano rápido!
***
Eu e Raphaela no trânsito.
Na calçada vejo uma senhora, bem velhinha, de bengala segurando o braço de outra mulher - uma cópia mais jovem da senhora, deduzo ser a filha.
Falo pra Rapha:
- Quando eu ficar assim bem velhinha, você vai passear assim comigo?
- Ah, mãe, como eu vou saber?
- Você vai pagar um asilo bem legal pra mim? Com uns velhinhos bem animados...
- Não, mãe, não vou!
- Então vou morar com vc!
- Tá! Eu pago! Vou fazer melhor: coloco você pra morar no Retiro dos Artístas, aí você encontra o José Mayer, o Tarcísio Meira...
- Não! O Tarcísio não! O José Mayer, o Tiago-me-Acerta...pode ser!
- Mãe, não delira! O Tiago é muito novo pra você!
Minha dedução: quem sai aos seus não degenera!

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