11 maio, 2006

ENCOLHIDA

Ainda não estou pronta pra falar da amiga, gravemente doente e com perspectiva de dias sombrios e de muito desespero.
Sabemos que a morte é a única certeza da vida, mas quando ela ergue a foice e bafeja, não há como conter o medo que se intala no peito.
E por que o medo?
Do que acontece após a morte?
De deixar os entes queridos?
De simplesmente parar com tudo isto aqui?
Não.
Acredito que seja o medo do sofrimento físico, da dor que se anuncia e a certeza de que ninguém - ninguém mesmo, vai poder mudar uma vírgula do que o destino lhe reservou.
Dor e sofrimento.
Nada mais.
***
Estou encolhida de novo -
agora por causa de uma amiga
do lado de cá,
que eu vou segurar a mão e dizer: força!
A vida é um constante teste.
De resistência.
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Que Nossa Senhora das Graças te ampare,
te proteja e ilumine, Ana!
E que os médicos recebam a inspiração divina!
***
Somos amigas há 16 anos e durante este tempo
partilhamos dias cinzentos, tempestades e bonanças.
Quando eu estive doente, ela me ligava todos os dias
pra saber como eu tinha passado a noite
e me dizer pra ter forças, que logo tudo iria melhorar.
Melhorou. Sarei!
Agora é a ela que eu estendo os braços,
não na tentativa de retribuir,
mas na certeza de ampará-la!
Estou em preces, não para que a montanha desapareça
- mas para que ela tenha forças para subir a montanha.
***
UPDATE
As notícias que tive foram ótimas!
5 horas de cirurgia - correu tudo bem,
ela já está no quarto.
Amanhã irei visitá-la
levando o carinho de vocês!
Obrigada pelas orações, pela força!
Vocês são ótimos!!!

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