Quem é que, nos longínquos anos 70, não leu o "polêmico" livro de Erich Von Daniken ?
Aos 14, 15 anos toda paixão é uma diversão, muito embora eu tenha me apaixonado de uma forma um tanto quanto desordenada! Mas ... já foi!
A paixão acabou no que poderia se chamar de um balaio de gatos: Huxley de mãos dadas com Kafka; Paracelso ao lado de Conan Doyle; Dostoiévsky de costas para Tolstói; Richard Bach na esquerda de Saint Exupéry; Lopsang Rampa tomando chá com Paulo Coelho - não! Eu não incluiria Paulo Coelho no meu balaio, nada contra, mas lí apenas 3 livros dele e foram emprestados!
Tudo isso porque encontrei um link que ensina a fazer o tsuru - sim, eu já fiz um curso de origami! E do link eu cai aqui - pretesto para o título do post.
Na verdade o sentimento é bem outro - reminiscências! Lembranças que julgamos esquecidas e que voltam com a força de um tornado.
Basta um sinalzinho e a caixa da memória se abre com volúpia, deixando uma sensação de que o tempo foi bom e hoje, não mais.
Truque do cérebro, memórias selecionadas com critério, é certo.
Do primeiro beijo, guardo a sensação de que como eram macios os lábios dele!
Da primeira vez na roda-gigante, guardo não a altura, mas a beleza do céu daquela noite fria de maio.
Da primeira vez diante do mar, guardo a força do calor da mão da minha mãe.
Das viagens noturnas com meu pai, guardo o espanto de ver o céu riscado pela estrela cadente.
Mas e as lembranças que eu não lembro?
Onde estão?
Nenhum comentário:
Postar um comentário