Como é que a gente começa a falar da filha de uma maneira que não pareça que está falando da perfeição personificada? Mesmo porque isto cria uma expectativa muito grande, como muitas mães devem saber. É sempre prudente adotar o "menas" quando o assunto é filhos!
Mas falando da minha criatura, Raphaela (9 anos - 3ª série), não tenho como deixar de lado alguns superlativos - "menas", vou ficar só com os adjetivos!
Carinhosa, inteligente e, extremamente espirituosa! Ela tem umas tiradas sensacionais! Hoje no caminho para a escola eu perguntei:
- Se, de repente, no mundo só existisse eu e você.
- Só nós duas? Mais ninguém? Mas o mundo continuaria do jeito que é?
- Sim, do jeito que é, mas só nos duas de habitantes.
- Ah, mãe, seria m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o! A gente ia poder entrar em tudo que é lugar e não ia ter ninguém pra dizer que não pode! A gente podia morar cada dia numa casa. Ia ser muito divertido, tenho certeza!
Claro que foi uma pergunta à queima roupa, sem muito fundamento e sem a intenção de sondar os sentimentos dela. Mas minha conclusão é que, por enquanto, eu ainda ocupo um lugar de destaque pra ela!
E isso me basta!
Semana passada ela sentou aqui do meu lado, ligou o laptop e disse que ia atualizar o blog. Eu disse que já era tarde que ia fazer o chá (tomamos chá toda noite antes de dormir!) e ela respondeu que era rápido. Quando voltei, uns 10 minutos depois, ela me chamou pra ler. Falei que era lindo e perguntei o que era (pensando ser alguma coisa que ela tinha lido, ouvido, sei lá!) e ela respondeu:
- Um poema que acabei de fazer.
- De onde você tirou isso?
- Ora, mãe, eu acabei de fazer. Estava na minha cabeça.
Ela postou. Dois poemas, Uma vida passando pela janela do meu quarto e Ninfas - estão aqui pra quem quiser ver.
Eu não corrigi, não falei nada!
Só fiquei feliz. Muito feliz!
Ela levou para a professora de português corrigir e dar a opinião.
Luci 100querer sendo coruja!
Nenhum comentário:
Postar um comentário